Algumas considerações de um professor de educação fÃsica, sobre a implementação do projeto de Monitorização, Acompanhamento e Investigação em Avaliação Pedagógica (M.A.I.A.) na sua escola.
Nos últimos anos tem sido imposto à s escolas um conjunto de práticas burocráticas, com fundamentação muitas vezes questionável e sem garantia de mais valia para o processo ensino aprendizagem, para além disso, verifica-se que passado algum tempo, estes novos processos/projetos não trazem nada de novo ou de melhoria e são por vezes substituÃdos por outros sem se promover avaliação dos resultados e sem se apresentar qualquer tipo de justificação.
Agora, a novidade é o novo modelo de avaliação o PROJETO M.A.I.A., apresentado como único capaz de corresponder aos novos desafios da educação. Quando me apresentam um único caminho, uma única solução para um determinado problema, por norma fico desconfiado e sou contra.
Neste caso particular, ao ler o projeto e as suas recomendações, verifiquei que existem algumas virtudes, no entanto é apenas mais um modelo de avaliação de entre muitos outros que existem com virtudes e com limitações. Por essa razão parece-me excessivo apresentar-se este modelo como obrigatório e como se tivesse sido encontrada a solução para todos os males da escola.
É certo que esta discussão não cabe aqui neste espaço. Aqui onde nos encontramos, temos apenas que executar aquilo que os órgãos superiores nos solicitam. Assim sendo, há que tentar olhar para aquilo que nos pedem, sem perdermos o sentido crÃtico, sem nos deixarmos levar por detalhes exagerados,(como tenho visto em algumas escolas) que em vez de ajudarem complicam o trabalho prático.
Não precisamos de mais avaliação. Precisamos de melhor avaliação! O que significa que talvez possamos evitar excessos, mais ou menos tecnicistas, nas salas de aula e fora delas, com a utilização de instrumentos que refletem uma pulverização do currÃculo, como certas grelhas de observação, ou certas listas de verificação, que chegam a ter várias dezenas de itens para observar e para verificar (Fernandes, 2005).....